a flor murchou, quase morrendo. já molhei a terra, a única coisa que posso ou sei fazer para ajudá-la. não fala, não grita, não sinalizou socorro. eu passava todo dia pelo vaso e ela estava lá toda verde.
andava cuidando de mim e acreditei segurança em você, ou nem pensei nada - estava apenas cuidando de mim mesmo.
olha o erasmo cantando!
não me enlouqueça ou projete suas loucuras em mim, já tenho tantas. sou o mesmo, mas os fios brancos começam a pintar os meus cabelos, cada vez que me olho no espelho aparecem outros.
veja: olá! .rs. é um olá com sorriso, dizendo que realmente está tudo bem e querendo te deixar tranquilo para falar o que quiser. e outra, tenho riso frouxo, isso transparece até quando escrevo nesses aplicativos para conversas virtuais. o que você quer ouvir de mim? se quiser eu falo. fala que eu te escuto. pergunte - fica mais fácil responder do que começar a falar de mim assim, do nada.
tenho usado outros perfumes. ganhei dois perfumes no final do ano passado, um francês (que não sei o nome, nem sei se é orginal - mas é bem gostoso) e um outro nacional. essas essências presentificam os ausentes. lembro do seu cheiro, ótimas lembranças. você não reconhece o seu olor porque usa sempre o mesmo perfurme.
tem um cara falando em espanhol na tv, fala de terapias convencionais e não sei o quê.
olho para o lado e vejo a plantinha que passou do verde para o marrom. não há mais nada a fazer. nem sei mais se quero ter plantas em minha residência. essa foi a primeira e durou até hoje, várias passaram por aqui, essa ficou e agora parece que chegou a hora de partir. dizem que as plantas somatizam os males da casa; penso: antes ela do que eu. significa que tenho que arrumar uma outra, não quero problemas pra cima de mim.
na verdade, desconfio que os fios brancos sejam fios descoloridos; tenho usado um gel para espinhas. mas a idade chegou mesmo, disso não tenho dúvidas; o joelho esquerdo anda doendo.
todo possível começo nos abala, nos desterritorializa, ficamos sem cais. esquecemos de todas as nossas experiências e caimos num abismo, despecamos como a Alice na toca do coelho. estou sendo um pouquinho sentimental. você pediu para falar e estou eu aqui falando. se quiser podemos encaminhar melhor o papo. estou me justificando, você disse que não acreditou em mim na segunda vez que tentamos namorar. estou aqui dizendo que você nunca conseguirá entrar na minha cabeça, adivinhar meus pensamentos, o melhor é confiar e viver o momento. talvez eu tenha te assustado fingindo-me seguro quando na verdade estava com medo do que poderia acontecer e que acabou acontecendo.
as canções que mando para os meus amantes não são declarações de amor, são declarações de vida. foi somente para você que escrevi algumas cartas de amor, fiz alguns presentes. o que você fez com os meus desenhos? na época, o que me fez sumir de você foi outra coisa. vai me dizer que jogou fora os meus desenhos?
só para lembrar:
"fiquei na chuva tentando falar contigo, te procurando e nada"
meus amigos salvaram minha noite, sai com eles; salvaram-me de uma possível gripe. salvaram-me de você. acho que na mesma madruga te mandei um email e você me respondeu que teve que ir ao cinema com uns contatos. mandei uma última mensagem virtual e fiz disso um fim. não guardei mágoa alguma. as relações são assim mesmo, acontece de ser assim algumas vezes.
agora estou só. antes era eu e a plantinha. agora estou só.
cansei da síndrome de Geni, vou fugir no zeppelin!
andava cuidando de mim e acreditei segurança em você, ou nem pensei nada - estava apenas cuidando de mim mesmo.
olha o erasmo cantando!
não me enlouqueça ou projete suas loucuras em mim, já tenho tantas. sou o mesmo, mas os fios brancos começam a pintar os meus cabelos, cada vez que me olho no espelho aparecem outros.
veja: olá! .rs. é um olá com sorriso, dizendo que realmente está tudo bem e querendo te deixar tranquilo para falar o que quiser. e outra, tenho riso frouxo, isso transparece até quando escrevo nesses aplicativos para conversas virtuais. o que você quer ouvir de mim? se quiser eu falo. fala que eu te escuto. pergunte - fica mais fácil responder do que começar a falar de mim assim, do nada.
tenho usado outros perfumes. ganhei dois perfumes no final do ano passado, um francês (que não sei o nome, nem sei se é orginal - mas é bem gostoso) e um outro nacional. essas essências presentificam os ausentes. lembro do seu cheiro, ótimas lembranças. você não reconhece o seu olor porque usa sempre o mesmo perfurme.
tem um cara falando em espanhol na tv, fala de terapias convencionais e não sei o quê.
olho para o lado e vejo a plantinha que passou do verde para o marrom. não há mais nada a fazer. nem sei mais se quero ter plantas em minha residência. essa foi a primeira e durou até hoje, várias passaram por aqui, essa ficou e agora parece que chegou a hora de partir. dizem que as plantas somatizam os males da casa; penso: antes ela do que eu. significa que tenho que arrumar uma outra, não quero problemas pra cima de mim.
na verdade, desconfio que os fios brancos sejam fios descoloridos; tenho usado um gel para espinhas. mas a idade chegou mesmo, disso não tenho dúvidas; o joelho esquerdo anda doendo.
todo possível começo nos abala, nos desterritorializa, ficamos sem cais. esquecemos de todas as nossas experiências e caimos num abismo, despecamos como a Alice na toca do coelho. estou sendo um pouquinho sentimental. você pediu para falar e estou eu aqui falando. se quiser podemos encaminhar melhor o papo. estou me justificando, você disse que não acreditou em mim na segunda vez que tentamos namorar. estou aqui dizendo que você nunca conseguirá entrar na minha cabeça, adivinhar meus pensamentos, o melhor é confiar e viver o momento. talvez eu tenha te assustado fingindo-me seguro quando na verdade estava com medo do que poderia acontecer e que acabou acontecendo.
as canções que mando para os meus amantes não são declarações de amor, são declarações de vida. foi somente para você que escrevi algumas cartas de amor, fiz alguns presentes. o que você fez com os meus desenhos? na época, o que me fez sumir de você foi outra coisa. vai me dizer que jogou fora os meus desenhos?
só para lembrar:
"fiquei na chuva tentando falar contigo, te procurando e nada"
meus amigos salvaram minha noite, sai com eles; salvaram-me de uma possível gripe. salvaram-me de você. acho que na mesma madruga te mandei um email e você me respondeu que teve que ir ao cinema com uns contatos. mandei uma última mensagem virtual e fiz disso um fim. não guardei mágoa alguma. as relações são assim mesmo, acontece de ser assim algumas vezes.
agora estou só. antes era eu e a plantinha. agora estou só.
cansei da síndrome de Geni, vou fugir no zeppelin!
3 comentários:
Que texto maravilhoso...dá vontade de não acabar nunca!! As relações são assim... é isso que desespera às vezes. beijo.
Que lindo!
Adorei a homenagem!
Bjs
belo texto!
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