sábado, 26 de setembro de 2009

saida rápida

faz um barulho danado naquela esquina onde os aposentados penduram suas gaiolas entre as árvores em frente ao bar; tomam a cerveja de sexta-feira enquanto os pássaros gritam contra o calor do meio dia.

não falar mais comigo, caminhar, caminhar e não escutar a minha própria voz que diz gracejos ao pé do ouvido.

tem helicópteros no céu. dois. sirenes de ambulância e corpo de bombeiros. algo acontece ou aconteceu.

depositar o dinheiro no banco, passar na papelaria e comprar uns bloquinhos para rascunhos; voltar correndo para terminar as leituras.

as pessoas interrompem os passos e olham para o alto, para uma das janelas por onde escapa uma fumaça negra.

lembro: o cigarro! o cigarro!




3 comentários:

Adriana Godoy disse...

Rafael, adorei essa crônica...a mistura das sensações, uma tragédia e a gente continua no cotidiano, essa é a vida. Interessante a fumaça e a lembrança: tenho que comprar cigarro. Amei. beijo.

carolina disse...

saudades.. adorei o que vc escreveu!

Juliana (A Tuca!) disse...

Tacando fogo nas coisas, né? rs!...

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...