mea noite; sobre a mesa o copo jaz.
através de uma fresta da janela,
a brisa acaricia e atenua
o silêncio e a solidão do rapaz.
longe a madrugada cerca e arrasta
em alto-mar as plêiades e a lua;
feito uma colcha que se abre furada -
imensa! contra luz, por cima da abra.
um copo de café e nada mais,
é tudo que se tem e que se basta
pra sustentar o tempo sobre o cais -
vigília noturna que a vista gasta.
Um comentário:
As imagens bem colocadas, servidas na bandeja prateada que é o reflexo da lua no mar.
Essa mea-noite faz querer a outra metade. E noites a fundo. Afundo no teu mar, que é de Francisco, que é de vigilância das belas sensações que a natureza esbanja.
Um passeio por sua unicidade, sua estrutura bem armada.
Um início que parte da janela, alcança as plêiades e retorna a um vapor de café.
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