Quando muda. Há pergunta? Silêncio de parede.
Um ruído de memória. Tantas vozes gritando para dentro e uma agudeza, um resmungo sem som do lado de fora - seria tão simples perguntar: tudo bem?
A parede do convento encerra o cheiro de antigos rituais e filtra o som que pulsa do outro lado. Infiltração. Quanto do que não digo há em mim quando de mim se reflete? É o som do sangue circulando pelas artérias.
O reboco perfeito de outrora era a infância, agora revela a estrutura precária que sustentara o prédio por tantos anos.
2 comentários:
"...na parede da memória, essa lembrança é o quadro que dói mais!"
é... esses rebocos todos aí...
passa lá no meu. um beijo beijo pra vc!
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