domingo, 5 de setembro de 2010

ruínas do convento

Quando muda. Há pergunta? Silêncio de parede.
Um ruído de memória. Tantas vozes gritando para dentro e uma agudeza, um resmungo sem som do lado de fora - seria tão simples perguntar: tudo bem?
A parede do convento encerra o cheiro de antigos rituais e filtra o som que pulsa do outro lado. Infiltração. Quanto do que não digo há em mim quando de mim se reflete? É o som do sangue circulando pelas artérias.
O reboco perfeito de outrora era a infância, agora revela a estrutura precária que sustentara o prédio por tantos anos.



2 comentários:

Victor Moraes, disse...

"...na parede da memória, essa lembrança é o quadro que dói mais!"

semprequepossocatoaservilhas disse...

é... esses rebocos todos aí...
passa lá no meu. um beijo beijo pra vc!

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...