p/ E.F.Z.
A tua imagem está desaparecendo de minha memória. Agora não resta quase nada. O que fica? O que ficou? Um universo de velhice, saudade, vontade de rever, te beijar e te acariciar debaixo de uma forte chuva, numa praia que a esta hora deserta. O cheiro, de vez em quando me vem. O teu cheiro, eu choro; não em desespero e sim por não conseguir tocar tua face, teu queixo, guardar minha cabeça em teu ombro esquerdo. Há três anos, nenhuma notícia, nenhuma. Agora eu apelarei, vou exibir tua lembrança - que é só minha - aos quatro cantos, vou cantar aos quatro cantos. Necessito de você, saber como está, melhorou da vista? Se formou? Em que lugar está morando agora? Combinamos de olhar para a lua quando na saudade, olho e sinto mais ainda a tua falta. A madrugada está chuvosa, eu sem sono. A música que cai lá fora transborda todo o peso da falta de sua presença. Vou abrir a janela e beber um pouco desse líquido, lavar meu rosto, meus cabelos, sentir o cheiro de terra molhada - mesmo aqui não tendo terra, ainda assim consigo inspirar esse olor nada fulgaz. Silêncio. E o mundo se transforma em mim, dentro de mim. Espero que sigas muy bien con lo que estas haciendo, y que sigamos en contacto, conque cada tanto nos mandemos un mensaje para saber que estamos vivos, y no dejemos de estar en contacto, ya esta muy bien. Yo nunca dejo de extrañarte.
10/08/2008
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