buuueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiirrrrrrooooooooooo. Quando deu por si estava tudo escuro, suas pernas doíam e sentia um cheiro nada agradável. Voltou a caminhar, agora lentamente, tomando bastante cuidado. Não fazia a menor idéia de como poderia sair dali. Talvez gritar: ALGUÉM!? ALGuém?! alguém? Nada, não, ninguém. Para frente escuridão, para trás nada que pudesse ver. Calou, silêncio total, segurou a respiração e suspendeu o pensamento. Passos, passos compassados, dois pares sincronizados. Ali, naquele local, com aquele cheiro... Rato! Por que tudo não podia ser como antes? O que estou esquecendo? O que estou esquecendo? Não correr, ficar e esperar. Correr e esperar por alguma coisa ou nada, correr e não correr e nada. Para trás e para frente, nessa escuridão, é lugar nenhum. Caminhava. Quando chegar lá decido, sim, mas a que lugar? Lá. Lá sempre foi um lugar tão distante, agora então mais longe ainda. Nenhuma réstia de luz que possibitasse dizer cheguei e formatasse a perspectiva de algo. Num repente, sabe-se lá se foi num virar de cabeça, avistou um sorriso reluzente, único e branco onde tudo não era nada claro, chegou mais perto, um pequeno nariz feito de uma bolinha preta, pode perceber, lembrou do Mickey, Ah! A frequência emitida pelo ruído expressado por suas cordas vocais a partir da saída do que vinha de seus pulmões e diafragma fez com que o rato explodisse e gerasse uma grande luz. Estava na galeria de esgoto de sua cidade. Já sabia, mas precisava ver para acreditar. Tinha pouco tempo até que voltasse tudo ao mais completo breu. Esgoto, bueiro, tampa. Olhou para o alto; sim, gritar!. Posicionou-se abaixo de uma tampa de bueiro, plantou bananeira e recorreu a sua memória afetiva. Rato! Voou, com os pés abriu passagem e quando viu estava entre as estrelas e próxima da Lua. Agora é só cair, desvirou-se, rodou a saia e começou a plainar pelo céu. Terra, terra, chão.Ufa.
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