
Pela fresta da janela
a paisagem passa, passa lá fora.
Vida corre, corre, corre;
não vai mais voltar.
Sol na cara,
céu azul, nuvens;
manchas claras.
Daqui pra lá,
já não sou;
mas quem era?
pássaro voa,
pássaro voa
entre mato verde e céu azul, nuvens;
manchas claras.
Já fumaça percebo,
a cidade lá embaixo,
cheiro de coisa estragada;
a cidade larga.
(R.R. - 11/06/2007)
2 comentários:
Impressionante, todo texto seu me leva a outros lugares...
é como se minha mente extendesse a poesia e eu vivesse por um dia nesse universo.
ponte rio-niterói?
caso eu não esteja equivocada, preciso te confessar que é lá que moro. quase sempre tenho essa sensação, ás vezes tenho vontade de parar o carro e pedir para que todos se retirem para que eu possa tomar banho. gosto de voltar de madrugada quase sozinha e olhar o sol nascer, a velocidade quase estagnada e o sol me dando bom dia, me anunciando que a vida pode ser viva pela minha pequena e humilde janela.
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