terça-feira, 19 de junho de 2007

Do interior para a capital


Pela fresta da janela

a paisagem passa, passa lá fora.

Vida corre, corre, corre;

não vai mais voltar.

Sol na cara,
céu azul, nuvens;
manchas claras.

Daqui pra lá,
já não sou;
mas quem era?

pássaro voa,
pássaro voa
entre mato verde e céu azul, nuvens;
manchas claras.

Já fumaça percebo,
a cidade lá embaixo,
cheiro de coisa estragada;
a cidade larga.


(R.R. - 11/06/2007)

2 comentários:

Wagner Oliveira disse...

Impressionante, todo texto seu me leva a outros lugares...
é como se minha mente extendesse a poesia e eu vivesse por um dia nesse universo.

Unknown disse...

ponte rio-niterói?
caso eu não esteja equivocada, preciso te confessar que é lá que moro. quase sempre tenho essa sensação, ás vezes tenho vontade de parar o carro e pedir para que todos se retirem para que eu possa tomar banho. gosto de voltar de madrugada quase sozinha e olhar o sol nascer, a velocidade quase estagnada e o sol me dando bom dia, me anunciando que a vida pode ser viva pela minha pequena e humilde janela.

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...