Sou uma das meninas da avenida Passos, trabalho próximo à praça Tiradentes. Tem muitos teatros por ali; bastante artista, né?!
Desculpa, não me apresentei: Meu nome é Amanda, posso reservar-me a não citar meu sobrenome? É que meus pais não sabem o que revelarei aqui.
Quando disse que trabalhava, não é bem um trabalho; dependendo do cliente até gosto. Fico na parte da tarde, logo após o almoço, em frente ao hotel P*, todos que passam por ali sabem o que faço e a curiosidade obriga-os a me olhar. Passa senhor, passa senhora, criança, adolescente cheirando a sexo (esses não são os que pagam bem, coroa é que dá uma grana legal; eles se apaixonam e no acreditar que podem nos tirar dessa vida nos tratam como amantes).
Não largo esse bico tão cedo, me filiei a um sindicato aí, estamos com um projeto para regulamentar a nossa profissão; chega uma idade que de tanto dar, nossa boceta fica abertinha – imagina então o cú... Tá rindo, né?! É porque a xereca não é tua, mas a culpa não é do cliente e se optei por viver assim tenho que assumir as conseqüências quanto a dor eu alivio com pomada – é só deixar o cara da farmácia me enrabar, já economizo...
Tenho que desmentir algo que falei antes, na verdade meus pais sabem da minha vida, descobriram quando eu novinha matei o colégio e fui fazer programa. Fui flagrada numa batida policial com um padre gordo. E tem mais, enquanto os outros policiais invadiam os outros quartos do motel, um dos agentes que ficou me vigiando, me puxou para o banheiro e meteu o cacete em mim. Era bonitinho, novinho, pau grande, estava quase me apaixonando, quem sabe até deixaria de ser puta... Após ele ter gozado em todo o meu rabo, fui beijá-lo, quando ele então enfiou a porrada na minha cara, mandando que eu não dirigisse meu olhar para ele e que para encostar em seus lábios eu deveria antes passar creolina nos meus. Depois desse eu tive certeza do que gostaria para o meu futuro, já tava marcada, batizada pelo capeta. Do motel fui levada toda suja e descabelada para a escola onde meu pai foi me buscar. Papai me viu, levei outra porrada, gritou que eu não era digna de ser sua filha e que não me receberia mais em casa e que era o mesmo pensamento de minha mãe. Fui expulsa do colégio e no mesmo dia já não tinha pai e mãe.
Ah...! Cliente tem de tudo, como falei; tem doutor, adolescente, coroa falido – esses me dão pena, tem uns que pedem fiado, fiado no meu cú não! Meter e não pagar é sacanagem! – Quase me esqueço dos velhinhos, esses são um tanto desgastantes, a gente tem que ficar enrolando, ralando a bunda na cara do indivíduo, rebolando até o boneco ficar duro para então colocar a camisa de força e em seguida enfiar o bichinho na boceta.Aqui nós usamos camisinha há bastante tempo; puta que é puta se cuida, caso contrário não tem trabalho e depois vai morrer na miséria e ainda sujar todas da área, sujar no sentido de difamar porque eu sei como se pega o HIV e essas outras DSTs.
Estava na vida há pouco tempo, quando me vi sozinha, sem ninguém para me apoiar, vim direto para onde poderiam me acolher, esse mesmo hotel que lhe falei, aqui. Tenho somente dez anos na vida, já aprendi mais coisas do que na época em que estudava; dos meus seis anos aos quatorze só aprendi a dizer sim professora, sim papai, sim mamãe, ajoelhar e agradecer a Deus tudo que acreditavam que Ele havia me feito de bom – desde os meus quinze anos, nessa mesma posição faço muita coisa que eu gosto e ainda tiro uns trocados.
Não sou mais aquela menininha que obedecia a Deus, entretanto deixo sempre um dinheiro para o meu santo. Todo dia vinte de janeiro vou eu de vermelho para a catedral metropolitana. Tenho que agradecer ao meu São Sebastião por tudo que me tem dado e por me manter viva até hoje. Aquelas senhoras não imaginam o que faço, fico olhando para a cara de cada uma, tentando adivinhar o rosto do marido que já pagou para mim.
Desculpa, não me apresentei: Meu nome é Amanda, posso reservar-me a não citar meu sobrenome? É que meus pais não sabem o que revelarei aqui.
Quando disse que trabalhava, não é bem um trabalho; dependendo do cliente até gosto. Fico na parte da tarde, logo após o almoço, em frente ao hotel P*, todos que passam por ali sabem o que faço e a curiosidade obriga-os a me olhar. Passa senhor, passa senhora, criança, adolescente cheirando a sexo (esses não são os que pagam bem, coroa é que dá uma grana legal; eles se apaixonam e no acreditar que podem nos tirar dessa vida nos tratam como amantes).
Não largo esse bico tão cedo, me filiei a um sindicato aí, estamos com um projeto para regulamentar a nossa profissão; chega uma idade que de tanto dar, nossa boceta fica abertinha – imagina então o cú... Tá rindo, né?! É porque a xereca não é tua, mas a culpa não é do cliente e se optei por viver assim tenho que assumir as conseqüências quanto a dor eu alivio com pomada – é só deixar o cara da farmácia me enrabar, já economizo...
Tenho que desmentir algo que falei antes, na verdade meus pais sabem da minha vida, descobriram quando eu novinha matei o colégio e fui fazer programa. Fui flagrada numa batida policial com um padre gordo. E tem mais, enquanto os outros policiais invadiam os outros quartos do motel, um dos agentes que ficou me vigiando, me puxou para o banheiro e meteu o cacete em mim. Era bonitinho, novinho, pau grande, estava quase me apaixonando, quem sabe até deixaria de ser puta... Após ele ter gozado em todo o meu rabo, fui beijá-lo, quando ele então enfiou a porrada na minha cara, mandando que eu não dirigisse meu olhar para ele e que para encostar em seus lábios eu deveria antes passar creolina nos meus. Depois desse eu tive certeza do que gostaria para o meu futuro, já tava marcada, batizada pelo capeta. Do motel fui levada toda suja e descabelada para a escola onde meu pai foi me buscar. Papai me viu, levei outra porrada, gritou que eu não era digna de ser sua filha e que não me receberia mais em casa e que era o mesmo pensamento de minha mãe. Fui expulsa do colégio e no mesmo dia já não tinha pai e mãe.
Ah...! Cliente tem de tudo, como falei; tem doutor, adolescente, coroa falido – esses me dão pena, tem uns que pedem fiado, fiado no meu cú não! Meter e não pagar é sacanagem! – Quase me esqueço dos velhinhos, esses são um tanto desgastantes, a gente tem que ficar enrolando, ralando a bunda na cara do indivíduo, rebolando até o boneco ficar duro para então colocar a camisa de força e em seguida enfiar o bichinho na boceta.Aqui nós usamos camisinha há bastante tempo; puta que é puta se cuida, caso contrário não tem trabalho e depois vai morrer na miséria e ainda sujar todas da área, sujar no sentido de difamar porque eu sei como se pega o HIV e essas outras DSTs.
Estava na vida há pouco tempo, quando me vi sozinha, sem ninguém para me apoiar, vim direto para onde poderiam me acolher, esse mesmo hotel que lhe falei, aqui. Tenho somente dez anos na vida, já aprendi mais coisas do que na época em que estudava; dos meus seis anos aos quatorze só aprendi a dizer sim professora, sim papai, sim mamãe, ajoelhar e agradecer a Deus tudo que acreditavam que Ele havia me feito de bom – desde os meus quinze anos, nessa mesma posição faço muita coisa que eu gosto e ainda tiro uns trocados.
Não sou mais aquela menininha que obedecia a Deus, entretanto deixo sempre um dinheiro para o meu santo. Todo dia vinte de janeiro vou eu de vermelho para a catedral metropolitana. Tenho que agradecer ao meu São Sebastião por tudo que me tem dado e por me manter viva até hoje. Aquelas senhoras não imaginam o que faço, fico olhando para a cara de cada uma, tentando adivinhar o rosto do marido que já pagou para mim.
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