terça-feira, 12 de outubro de 2010

madrugada.
através dos espelhos do quarto:
olhos, pernas, mãos, costas, bocas -
múltiplos nós
num gozo atados.

madrugada.
teu cheiro em minhas mãos arrolado.

dormirei lembrando
dos afrescos que pintamos
na capela da volúpia,
entre profanações arrulhadas

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...