quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mistérios Gloriosos

em brasa rasa
não há fogo que se levante
desdenhou quem muito o quis
quando a fumaça o vento espalha
o coração não mais incendeia



Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2010.

3 comentários:

Adriana Godoy disse...

o coração não mais incendeia...isso é muito deprimente, né? gostei muito desse poema, dá uma fisgadinha no peito. beijo

Carol disse...

dá uma fisgadinha como diz a Adriana, fisgada intensa e certeira.
Gostei daqui;
voltarei.

Evair disse...

no fim, tudo é resto de fogo mesmo. Marasmo, ou brasa como queira, ruim ou bom, fato é que ainda esquenta (mas não sei se queima)...

Muito bom, muito mesmo =)

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...