tentou guardar o sentimento debaixo da cama. à noite, a caixa de sapatos já esteva destampada sobre a colcha preparada para dormir e os olhos dela lacrimejando. há bons sentimentos e bons sentimos não bons. quando se deseja é melhor sentir do que nem conseguir sofrer por nada sentir. há risadas. há lágrimas. há sorrisos molhados e há pálpebras molhadas de dor. a canção repetiu durante horas, durante todo o fim de tarde. era simples, poderia apertar o stop. pronto, fim. não. deixou, acionou o repeat e deixou. estava sendo bom colocar para fora esse turbilhão, o não saber explicar. era uma dor que doía, mas que era necessária por algum motivo. não era autoflagelo, havia uma felicidade, uma saudade feliz nessa tristeza.
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raso
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5 comentários:
Seu texto poético parece mesmo o início de outono. Bonito e indefinido. Bj
dor pode ser coisa boa, pode ser um tipo de morte, nossa e da saudade daquilo que nos feriu.
Eu tenho medo do que passou! Do que ficou! Perfeito texto, outono é assim, confuso..
"colocar para fora esse turbilhão"... bom!!
Eu tenho uma certa nostalgia quando começa um novo tempo...nunca entendi muito bem isso. Depois de iniciada nova estação as coisas se ajeitam...
Lindo.
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