sábado, 18 de outubro de 2008

.ao acordar.

Dizer sem bloquear a passagem de ar. Impossível! Desabafar bocejando. A Chuva caiu na madrugada, os corpos largados na cama sentem o frescor após dias de calor. Ele escreve bem, eu gosto de ler. Acho engraçado ele achar que pode se esconder. Tink, tink. Pák, pák. Ti, ti, ti. Xiiiiiiii. Águas de primavera abrindo o verão. Ele acaricia o rosto do outro, vê o quanto dele não há e sorri. Quem recebeu a delicadeza abre os olhos e flagra um sorriso doce, levanta um pouco a cabeça e com o olhar pede um beijo na boca. A chuva agora é um chuvisco quase fim. Um feixe de luz ressalta o Rilke caído no chão. Os dois já estão abraçados, as mãos tesas se tocam. Um fica de costas e se permite ao outro. O tempo agora não é o mesmo, a cigarra anuncia o sol e o calor do longo dia.

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raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...