sábado, 27 de setembro de 2008

Rega RegadoR.

p/ D. de A.

O sol não quer primaverar, fica num "venho e me escondo". As nuvens projetam seus fofos braços, fazem sombras de possíveis chuvas. Sinto um pingo sobre o meu lábio superior, que delicadeza, mira certa, alvo acertado, como? Deixo me beijar. Deixo-me a brisa que vem de frente, soprando frio nos meus ouvidos. Ele sobe e desce, sobe e desce. Por fora frio, por dentro ardor - que é uma forma intensa de dor que queima, queima, queima e acaba trazendo mais frio pra dentro. Por que não se preocupa comigo? Não esperar muita coisa, calma! Você já ligou para ele? Às vezes está pensando a mesma coisa. A flor que nasce do amor; regar todo dia. As minhas plantas já estão se arrastando pelo chão, clamando por água; todo dia eu olho, vejo, fico triste por deixá-las assim e prometo que darei de beber - acabo esquecendo.

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raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...