Quando a criança brinca de casinha e estipula funções (pai, mãe, filhos, empregadas, etc); está simulando a instituição familiar, projetando assim seu universo pessoal. A ludicidade permite o desenvolvimento da criatividade e da afetividade. Estabelece e prepara a criança para enfrentar a sociedade da qual já faz parte. Faz-se importante salientar que o ato de simular, de buscar vivenciar situações cotidianas e/ou buscar outros meios de controle da agressividade, acompanha o indivíduo até a sua morte. O homem aprende mais facilmente com o prazer; o lúdico como ato de experiência, permite a aceitação e apreensão do mundo a partir desse princípio.
E se tirássemos do homem a possibilidade do jogo, das festas, do entretenimento? O que ocorreria se de repente não mais festejássemos o carnaval? O que seria da humanidade sem as catarses coletivas? A relação do homem com o mundo é estabelecida a partir da criação de símbolos, sendo assim, o lúdico é o fator determinante que garante a possibilidade de se acreditar num futuro. O encontro com o outro permite a criação de metáforas e o abismo dos riscos, sendo necessário o exercício desse ato. Por mais individualista se torne o ser humano isso não descarta a obrigatoriedade de se dirigir a uma segunda ou terceira pessoa, e quando não há esse jogo de espelhos corre-se o risco de algum tipo de patologia.
Seria errado pensarmos que a criança de hoje não brinca mais como as de antigamente, na verdade, realmente não, mas sim de outra forma. A criança desse mundo de Internet, Wi e outros games; movidas por culturas tecnológicas, estão se preparando para um futuro dominado pela velocidade e pela mobilidade, não só por informações, mas também por sensações e imagens. O jogo de ontem transfigurou-se. Ainda não conseguimos assimilar esse efeito, haja vista que a tecnologia desenvolve-se num ritmo quase que diário; hoje o ontem pode ser há um segundo. Reclama-se da falta do desenvolvimento físico dessa criança, mas se analisarmos os novos jogos eletrônicos veremos que não se usa mais somente o “joystick”, esse agora transformou-se numa luva de boxe, num volante, e em outros objetos. O lúdico de hoje permite a vivência total da sociedade num mundo virtual, e engana-se quem pensa que a criança confunde e se aliena da realidade. Podemos perceber um desenvolvimento mais rápido e muitas vezes nos assustamos com a atual capacidade de argumentação dos pequenos, ou seja, é um caminho percorrido em paralelo com a sensação de falta de tempo do homem contemporâneo, com o desenvolvimento da ciência. Existe a consciência do aprendizado, necessidade dessa consciência e da argumentação do cotidiano. Resta pensarmos se é isso que queremos, se esse é um projeto de humanidade ou se perdemos o controle do homem em sua busca de ser deus. Quando potencializamos nosso ato transformador.
Quanto ao adulto, imaginando a possibilidade de não termos mais nossas catarses coletivas; com certeza cairíamos todos e findaríamos no primeiro dia, ou segundo. A fuga do lugar comum, caminho dos prazeres, é permitido ao homem. O ócio. Comemoramos o nosso nascimento e na maioria das vezes entramos em agonia diante da morte. No carnaval colocamos nossas fantasias na rua (ou em casa mesmo) e vivemos por três dias aquilo que, talvez muitos, só sejam no banheiro, ser a totalidade; relicário. Através do profano nos expomos à sociedade e criamos uma ligação com o divino, pois há um encontro da pessoa com a pessoa. Ninguém sai ileso, sem cicatrizes, de tamanha exposição. A quarta-feira seria um dia de luto, quando enterramos tudo aquilo que fomos, sublimamos toda a brincadeira da carne e jogamos com os espelhinhos das relações sociais comuns. Dormir, acordar, trabalhar, nossas máscaras burocráticas. São vários esses exemplos nos folguedos. Gostaria de citar um filme que trabalha a questão da agressividade e do folguedo, chama-se “Baixio das Bestas” de Cláudio Assis; esse mesmo diretor tem outros filmes que trabalham com a questão do homem diante do mundo, da miséria humana. São várias as formas que o adulto exercita o lúdico, para os solitários ou pessoas que não gostam de sair de casa com freqüência, talvez seja melhor ficar em casa vendo um filme ou lendo um livro ou vivendo uma vida na cibercultura. Para aqueles que gostam de agitação, de passear, talvez um parque de diversões, um jogo de futebol, dançar numa boate. Maneiras de exercitar o encontro com o outro ou consigo mesmo.
O senso comum costuma conceituar o lúdico inerente apenas a criança, é importa relativizar e ampliar o conceito. Entender que o lúdico forma a sensibilidade simbólica do ser humano. Ritualiza e sacraliza locais e objetos. Como já citado anteriormente, permite que a prática do jogo conscientize nossas próprias projeções e permitindo sua aceitação e ou repulsa das regras sociais, sendo assim o exercício da ética e da estética.
E se tirássemos do homem a possibilidade do jogo, das festas, do entretenimento? O que ocorreria se de repente não mais festejássemos o carnaval? O que seria da humanidade sem as catarses coletivas? A relação do homem com o mundo é estabelecida a partir da criação de símbolos, sendo assim, o lúdico é o fator determinante que garante a possibilidade de se acreditar num futuro. O encontro com o outro permite a criação de metáforas e o abismo dos riscos, sendo necessário o exercício desse ato. Por mais individualista se torne o ser humano isso não descarta a obrigatoriedade de se dirigir a uma segunda ou terceira pessoa, e quando não há esse jogo de espelhos corre-se o risco de algum tipo de patologia.
Seria errado pensarmos que a criança de hoje não brinca mais como as de antigamente, na verdade, realmente não, mas sim de outra forma. A criança desse mundo de Internet, Wi e outros games; movidas por culturas tecnológicas, estão se preparando para um futuro dominado pela velocidade e pela mobilidade, não só por informações, mas também por sensações e imagens. O jogo de ontem transfigurou-se. Ainda não conseguimos assimilar esse efeito, haja vista que a tecnologia desenvolve-se num ritmo quase que diário; hoje o ontem pode ser há um segundo. Reclama-se da falta do desenvolvimento físico dessa criança, mas se analisarmos os novos jogos eletrônicos veremos que não se usa mais somente o “joystick”, esse agora transformou-se numa luva de boxe, num volante, e em outros objetos. O lúdico de hoje permite a vivência total da sociedade num mundo virtual, e engana-se quem pensa que a criança confunde e se aliena da realidade. Podemos perceber um desenvolvimento mais rápido e muitas vezes nos assustamos com a atual capacidade de argumentação dos pequenos, ou seja, é um caminho percorrido em paralelo com a sensação de falta de tempo do homem contemporâneo, com o desenvolvimento da ciência. Existe a consciência do aprendizado, necessidade dessa consciência e da argumentação do cotidiano. Resta pensarmos se é isso que queremos, se esse é um projeto de humanidade ou se perdemos o controle do homem em sua busca de ser deus. Quando potencializamos nosso ato transformador.
Quanto ao adulto, imaginando a possibilidade de não termos mais nossas catarses coletivas; com certeza cairíamos todos e findaríamos no primeiro dia, ou segundo. A fuga do lugar comum, caminho dos prazeres, é permitido ao homem. O ócio. Comemoramos o nosso nascimento e na maioria das vezes entramos em agonia diante da morte. No carnaval colocamos nossas fantasias na rua (ou em casa mesmo) e vivemos por três dias aquilo que, talvez muitos, só sejam no banheiro, ser a totalidade; relicário. Através do profano nos expomos à sociedade e criamos uma ligação com o divino, pois há um encontro da pessoa com a pessoa. Ninguém sai ileso, sem cicatrizes, de tamanha exposição. A quarta-feira seria um dia de luto, quando enterramos tudo aquilo que fomos, sublimamos toda a brincadeira da carne e jogamos com os espelhinhos das relações sociais comuns. Dormir, acordar, trabalhar, nossas máscaras burocráticas. São vários esses exemplos nos folguedos. Gostaria de citar um filme que trabalha a questão da agressividade e do folguedo, chama-se “Baixio das Bestas” de Cláudio Assis; esse mesmo diretor tem outros filmes que trabalham com a questão do homem diante do mundo, da miséria humana. São várias as formas que o adulto exercita o lúdico, para os solitários ou pessoas que não gostam de sair de casa com freqüência, talvez seja melhor ficar em casa vendo um filme ou lendo um livro ou vivendo uma vida na cibercultura. Para aqueles que gostam de agitação, de passear, talvez um parque de diversões, um jogo de futebol, dançar numa boate. Maneiras de exercitar o encontro com o outro ou consigo mesmo.
O senso comum costuma conceituar o lúdico inerente apenas a criança, é importa relativizar e ampliar o conceito. Entender que o lúdico forma a sensibilidade simbólica do ser humano. Ritualiza e sacraliza locais e objetos. Como já citado anteriormente, permite que a prática do jogo conscientize nossas próprias projeções e permitindo sua aceitação e ou repulsa das regras sociais, sendo assim o exercício da ética e da estética.
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