domingo, 14 de setembro de 2008

Diálogos de abismo

Eu quero o infinito agora. Diante do abismo é tudo mais bonito. É distante, longe, é lá. Um sempre em lá constante maior. Posso escolher e escolho, sofrer. Felicidade também. É como fazer casas em regiões de furacões. O vento que bate forte é bonito, carrega tudo, levanta terra, raizes, ondas, qualquer coisa que estiver por perto. Mas eu não, fico, os dedos dos pés cravados na rocha, petrificando-me num piscar de olhos. Então eu vejo, do alto, de frente para o possível, passar o tempo. Nada me pertuba, nada me alcança; a natureza tudo pode.

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raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...