quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Teixeira e Sousa - Cabo Frio


"Essa língua de terra, ao mar lançada,
Que a septícola acaba, íngreme serra,
Cabo, outrora chamaram-lhe os geógrafos,
E pelas tempestades, e nevoeiros
Apelidaram - FRIO - antigos nautas"
(Teixeira e Sousa - "Os Três Dias De Um Noivado")


"LENDA DA PROCISSÃO - Há quem tenha visto uma procissão fantasma que, saindo do Convento, percorre a cidade, em certas noites, entoando cânticos e litanias e recolhe, novamente, ao Convento. Pessoas há que apenas ouviram as vozes dos fiéis extraterrenos."


Conta Teixeira e Sousa que era costume dos devotos rezarem na Quaresma junto às cruzes nas estradas, tocando campainha pedindo sufrágios para as almas.
Existia na praia de Cabo Frio uma cruz chamada "Cruz da Cabloca". Diziam ser a sepultura de uma índia morta em naufrágio. Contam que depois de sepultada, misterioso vulto vagava na praia das 11 horas da noite ao terceiro canto dos galos, perguntando com a voz sepulcral: - "para aonde irei? poderá indagar Cabo Frio. Irás sempre conosco parte amada de nossa terra."

Nenhum comentário:

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...