sábado, 12 de maio de 2007

Observações (parque)

Ficou parado
jogado
sentado
no banco do parque.

Olhos que olham um pato que berra.
pato que fica de pé
de pé de pato
de cabeça pra baixo;
reflexo n'água.
Esse pato que se encontra na beira do lago artificial.

Tem peixe na água, nadam de lá pra cá,
contentes em ter o que comer sem o risco do caçar.

Pato come peixe?
Peixe come o quê?
Pato nada.
Peixe nada.

Um comentário:

Wagner Oliveira disse...

Bela poesia. Adoro textos assim, que te fazem ler de uma só fez. Sem respirar. Sem tomar fôlego. Com esses textos, sua ficha cai 10 minutos depois, e você volta pra ler de novo. E de novo. E de novo.

Valeu, mais uma vez, por ter lido e comentado um texto meu. Como você gosta de poesias, vou postar algumas minhas lá no blog.

raso

qual atalho, uma curva pro caminho do sossego - mas no fundo é raso; água bate no joelho nada - não é nada nunca foi tão fácil contud...